Jornal de todos os participantes no Curso Intensivo de Língua Portuguesa (EILC 2008) na cidade da Covilhã. Relatos do mês de Agosto e partilha de novas aventuras, tudo em português.


This is the Intensive Portuguese Language Course’s newspaper. The EILC course took place at Covilhã, Universidade da Beira Interior (Portugal). You can read many things that happened during the course and new adventures writen in portuguese.

segunda-feira, agosto 04, 2008

Número 1 - 4 a 11 de Agosto de 2008

A minha primeira semana na Covilhã

Vou falar das impressões que tive cá na primeira semana.

Eu vim da Dinamarca para a Covilhã de avião e autocarro. Foi uma viagem bastante longa mas no autocarro falei com uma senhora que estava sentada ao meu lado e o tempo passou mais rápido. Quando cheguei encontrei-me com o Gabriel e soube que havia outras 3 raparigas no autocarro que também iam frequentar as aulas de Português.

Quando cheguei à residência de estudantes, falei com os outros alunos e deitei-me cedo porque estava muito cansada depois da viagem.

Na segunda-feira houve uma prova. À tarde fomos beber sangria numa esplanada. Na terça-feira houve a primeira aula e gostei muito. Depois da aula fomos a um museu de lã. Era muito interessante, eu gosto muito de aprender coisas sobre a agricultura e a indústria local e tradicional. Um guia mostrou-nos o edifício e os recipientes do fabrico da lã. Havia também artes de azulejo.

Na quarta-feira fui às aulas e à tarde chegou um amigo meu (Javier) de Espanha para visitar-me. Comemos tortillas espanholas ao jantar. Na quinta-feira foi o meu aniversário e fiz vinte e três anos. Tive um presente do Javier. Nós fomos ver a cidade que e muito bonita com as suas casas antigas e ruas estreitas. À tarde jogámos futebol e foi muito, muito divertido. As raparigas do meu apartamento cantaram Parabéns para mim. Saímos à noite ao um bar no centro da cidade.

Na sexta-feira houve uma prova oral. À tarde fui com o Javier para Espanha. No domingo celebrámos o seu aniversário.

Gosto muito da Covilhã e acho que vou passar um tempo muito bom cá a aprender o Português.

Julie


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A história da minha chegada à Covilhã

Antes de chegar à Covilhã, passei a noite numa pousada em Lisboa.
O dia 26 saí da pousada com uma mala de 23 quilos. Passeei à noite perto da estação de metro de Picoas.

Depois de sair da pousada perguntei a uma senhora onde podia apanhar
o metro para ir para Sete Rios. Ela aconselhou andar até ao Marques de Pombal.
Então eu arrastei a minha mala na rua de paralelos. Ali perguntei a um senhor onde era a estação do metro. Ele disse que era melhor apanhar o autocarro. Disse também que com a minha mala pesada ia ter problemas no metro. Então apanhei o autocarro mas não tinha mapa e no autocarro também não estava escrito os nomes das paragens. Por isso perguntei a uma senhora quantas paragens tinha até Sete Rios. Ela disse que 5, depois um senhor disse-me que ia avisar-me. Logo a senhora levantou-se e disse-me que era a próxima mas o senhor disse que era agora. Eu tive sorte porque dei atenção o senhor.

Depois vi uma paragem que pareceu ser a estação de Sete Rios. Lá nas informações perguntei onde podia comprar bilhete para a Covilhã. A senhora nas informações disse que não sabia onde era a Covilhã. Depois encontrei a estação do autocarro de Sete Rios e apanhei o autocarro até à Covilhã.


Judit

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Portugal / Verão 2008 / Erasmus

Olá, sou o Feiko, tenho vinte e um anos e sou um estudante da Holanda. E venho para a Covilhã para estudar Português. Esta última semana foi muito boa, em apenas sete dias nós, 28 estudantes, ficamos muitos amigos. Ontem nós bebemos e conversámos até ao amanhecer e foi muito bom. Eu espero que as próximas quatro semanas continuem sempre assim muito divertidas como agora e espero que nas últimas semanas eu esteja a falar Português muito bem!

Feiko

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O melhor caminho para nos tornarmos linguistas.

Não é necessário ser um intelectual ou um sobredotado, para começar a falar uma nova língua. É preciso encontrar um lugar próprio para nos motivar e abrirmo-nos mentalmente e assim estar mais preparados para que num futuro próximo possamos ser parte de uma inevitável globalização.

Uma das formas mais interessantes para nós conseguirmos motivação própria e comunicar com outras culturas é ficar numa residência de estudantes.

Normalmente as pessoas pensam que nestes sítios não se estuda mas isso não é verdade. Se o objectivo é aprender português não há dúvida que a Beira Interior é uma das melhores opções porque transmite uma grande hospitalidade.

Isto reflecte-se de forma muito positiva no comportamento dos estudantes para com as outras pessoas, interagindo assim com a cultura portuguesa que é uma das que tem uma grande tendência a intercâmbio internacional, sendo muito provável que se converta numa importante capital da cultura, podendo chamar-se quem sabe, num futuro próximo, a Manhattan da nossa Europa.

Gerardo

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“O fondip!!!!!”- O que é que passa na residência da UBI no verão???

É verão, a residência normalmente está vazia e os estudantes estão de férias, mas agora há muito barulho. Isto passa-se porque há 28 novos estudantes do programa Erasmus que estão a participar no Curso Intensivo de Língua Portuguesa. Por isso a residência tem uma nova vida. Podem-se ouvir palavras, frases e vozes de todas as nações da velha Europa: “Terviseks!”, “Egészségedre!”, “Salud!”, “Cheers!”... e o mais famoso é “O fondip!!!”.

Há estudantes do norte, sul, este e oeste da Europa, de muitos países europeus, desde a Turquia até à Irlanda e desde a Estónia até à Sicília na Itália. Todos os estudantes jovens estão a morar juntos nos apartamentos da residência, a estudar juntos, a cozinhar juntos e a fazer festas juntos também... Entre todos eles fazem uma comunidade muito amigável.

As aulas são desde a segunda-feira até à sexta-feira, todas as manhãs têm aulas e à tarde fazem outras actividades culturais e programas de diversão. Por exemplo, jogam bowling, visitam museus e aldeias históricas e tomam um banho no rio.

Os estudantes estão muito contentes com a organização da UBI. Têm dois professores, a Rita e o Filipe, que são muito simpáticos e profissionais. Não se pode esquecer os dois monitores, a Filipa e o Gabriel, que também ajudam nas coisas quotidianas dos estudantes. Todos eles gostam de comer nas cantinas a um bom preço depois das aulas, gostam de passar o tempo livre na esplanada que fica no jardim publico onde costumam de beber umas jarras de sangria bem fria e jogar uns matraquillos.

Com o curso de português, os estudantes gostam de conhecer diversas culturas com as suas comidas, bebidas e hábitos. Como por exemplo, todos sabem agora o que é significa a palavra turca “fondip”. Esta significa “até o fim” e simboliza o modo de beber cerveja na Turquia.

Depois deste curso, no fim de Agosto, todos os estudantes vão para diferentes cidades de Portugal, mas esperam que a língua portuguesa e as amizades vão viver para toda a vida.

Kersti

Vilmos

Manuel

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Olá! Nós somos o Pavel e a Aga. Nós somos estudantes Erasmus da República Checa (Pavel) e da Polónia (Aga). Este artigo é sobre esta cidade bonita, a Covilhã. Nós observamos que não é fácil andar nesta cidade porque há ruas para cima e para baixo e mesmo as distâncias curtas podem ser muito difíceis.


Pavel

Aga

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A primeira semana de aulas está acabada e agora nós sabemos mais ou menos falar ou escrever algumas palavras em português.

O curso é formado por dois grupos: os principiantes e os intermédios. Nós estamos no intermédio porque para os italianos e os espanhóis é mais fácil compreender a língua portuguesa. A professora do curso, a Rita, é muito simpática é muito boa no trabalho dela.

Nós não temos só aulas, mas à tarde e ao fim-de-semana vamos visitar a região da Beira Interior. O grupo é muito variado: há estudantes de toda Europa. Agora falamos inglês para nos compreendermos, mas esperamos falar cedo em português entre nós!

Marina

Giorgia

Valentina

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Vamos a Portugal

Portugal é um país muito bonito. A capital de Portugal é Lisboa. Lisboa não é uma cidade grande mas é famosa no mundo inteiro. Fica perto do Oceano Atlântico. Em Lisboa há uns cinemas, uns teatros, muitas lojas. Há também o castelo e muitas casas com azulejos. Azulejos são as coisas típicas de todo o país.

Agora vamos falar sobre a comida portuguesa. A comida portuguesa é excelente. Tem muitos peixes e muitos legumes e frutas - é saudável. Os doces são muito bons – especialmente Pasteis de Belém. Os portugueses têm as refeições mais tarde do que os checos. O pequeno-almoço é às 7:00 – 8:30, o almoço é às 12:00 – 14:00, o lanche é às 17:00 e o jantar é às 19:30 – 21:00.

Gosto muito de Portugal e dos portugueses também. As pessoas em Portugal são muito simpáticas. Então vão a Portugal e conhecem.

Dagmar

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Nós estamos na Covilhã desde o começo da semana, dia 28 do Julho, até sexta-feira 29 de Agosto. A Covilhã é perto da Serra da Estrela que é a zona mais alta de Portugal e têm uma estação de esqui e paisagens muito bonitas. Estamos com saudades das nossas famílias e dos amigos. Mas agora temos também uma família aqui, mas de diversos países e culturas diferentes.

Nós viemos para a Covilhã para estudar português, porque nós queremos continuar os nossos cursos em Portugal. Nós ficamos na residência universitária, é muito barulhenta e extrovertida.

Este é nosso sexto dia na Covilhã, desde o primeiro dia os nossos professores a Rita, o Filipe, o Gabriel e a Filipa, ensinam-nos português, eles são muito simpáticos e sempre têm um sorriso na boca. Todas as manhãs nós temos aula de português às nove horas até à uma hora da tarde. Nós temos muitos deveres para fazer à tarde na nossa residência. Depois à tarde temos algumas actividades. Esta quarta-feira nós jogámos bowling, bom, nenhum de nós é profissional, foi um desastre.

Ontem nós fomos ao Sabugal, visitar o seu castelo agradável, ruas tranquilas e estreitas, depois nós fomos ao rio para nadar e jogar futebol de praia. O que nós gostamos mais de fazer na verdade é beber até amanhecer e ir aos bares e dançar e conversar com as pessoas de Portugal.

Sergio

Rosa

Marco

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Eu não sei o que dizer no artigo, assim eu vou contar uma história. Um rapaz vai de férias para Portugal e ele pensa que toda a gente fuma muito. Ele não gosta de
fumo. Ele é forçado a respirá-lo e ele pensa que é injusto. Ele gosta da comida portuguesa e come muito. Então ele vai nadar no mar. Ele gosta das férias dele e, depois, vai partir.

Charlotte


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Um Dia em Castelo Novo

Na sexta-feira, dia 1 de Agosto 2008, nós fomos a Castelo Novo para visitar a localidade com um grupo de estudantes que aprendem português na Universidade da Beira Interior. Os estudantes têm nacionalidades muito diferentes e vamos estudar em localidades diferentes de Portugal, por exemplo, Porto, Vila Real, Lisboa e Évora. Para estudar em Portugal nós temos que aprender a falar e compreender português. É por isso que nós temos as aulas de manhã e as actividades à tarde. Na sexta-feira, a actividade foi uma visita a Castelo Novo.

O grupo foi a Castelo Novo de autocarro às 13 horas. Estava sol todo o dia. No começo, nós vimos o Chafariz da Bica construído durante o reinado de D. João V. Subimos a Rua da Bica.

Depois, fomos à direita pela Rua da Misericórdia onde é a Igreja da Misericórdia e entrámos. A guia de turismo conta a lenda sobre os gafanhotos que explica porque a Igreja da Misericórdia é muito importante para os habitantes de Castelo Novo. Há uma praga de gafanhotos e os habitantes de Castelo Novo disseram que eles construiriam uma igreja para agradecer a Deus se Deus detém os gafanhotos. Eles construíram a igreja e os gafanhotos morreram. Por isso a Igreja da Misericórdia é tão importante para os habitantes. Além disso, por exemplo, há uma pintura azulada, mas a pintura não é um azulejo verdadeiro. É uma imitação dum artista que mora em Castelo Novo.

Depois, nós fomos à Igreja Matriz onde uma figura santa faltou. Na Igreja Matriz há uma pintura no tecto. Essa simboliza Maria grávida com Cristo.

Finalmente, nós estávamos com fome e sede. Então, nós entrámos num pequeno café e bebemos cervejas ou comemos gelados antes da partida.

Friederike

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Gostaria de apresentar uma rapariga de EILC. Esta é a entrevista a Agnieszka Maria.

- Como te chamas?

- Eu chamo-me Agnieszka Maria.

- Como estás Agnieszka?

- Muito bem, obrigada.

- De onde és tu?

- Eu sou da Polónia, de Cracóvia.

- Quantos anos tens?

- Tenho vinte e um anos.

- Trabalhas ou estudas?

- Eu estudo arquitectura. Eu trabalho às vezes, ensino a desenhar.

- Onde estás a morar tu agora?

- Estou a morar na Covilhã, na residência da Universidade da Beira Interior.

- O que é que fazes na Covilhã?

- Estou a estudar e também estou de férias.

- Gostas da Covilhã?

- Gosto de tudo aqui.

- Gostas do professor Filipe?

- Gosto muito do professor Filipe, porque ele é muito divertido e é bom professor.

- Obrigada por conversar! Desejo – te sorte!

- De nada. Adeus!

- Tchau!

Dora

Marton

Elina

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Excursão ao Sabugal

À uma hora vamos de autocarro ao Sabugal. Chegamos e vamos ao castelo. O castelo é grande e muito fixe. O Pavel canta no palco. Nós batemos palmas.

Depois nós visitamos o museu do Sabugal e nós vemos pinturas.

Mais tarde nós vamos ao rio. Nós bebemos e comemos lá. E jogamos futebol e nadamos. Nós, a Nina e a Uli alugamos a gaivota e andamos trinta minutos.

Foi fabuloso!

Nina e Uli